IR. MARIA
DIONICE DA SILVA, natural
do município de Várzea, Estado do Rio Grande do Norte, sendo filha de MARIA
RODRIGUES DA SILVA e SEVERINO HÉRCILIO DA SILVA, nasceu em 27 de julho de
1964, no município de Várzea, Agreste Potiguar, em um pequeno povoado chamado Tanque
do Boi. Eram seis irmãos. Após estudar por pouco tempo ali, a família se mudou
para Tibau do Sul e lá deu continuidade a seus estudos. Em 1974, chegou à
capital e seguiu parte dos estudos na história Escola Estadual Isabel Gondim25,
localizada no bairro das Rocas.
HISTÓRIA COM A
IGREJA E EXTREMOZ
Batizou-se no dia 28/11/1964 na Paróquia N. Sra da Conceição
da cidade de Santo Antônio/RN, e entrou no Instituto das Filhas de Sant’Ana no
dia 31 de janeiro de 1986
em Carpina – PE. Chegou a estudar, além de Teologia, Patologia
Clínica, Vida religiosa e compromisso político, Vida Religiosa e Modernidade,
como também fez Curso de formação em Roma – Itália.26 Segundo seu irmão, a
história dela com a igreja teve início logo após a morte do seu pai, por volta
de 1980. Desde então, o desejo de ser uma freira missionária se manifestava cada
vez mais forte. Sempre foi uma pessoa muito humana. Ela e outra irmã mais nova
passaram a frequentar a igreja juntas com mais frequência, depois resolveram
fazer um teste para o convento e deu certo, explicou. Já no final da década de
oitenta e início dos anos noventa, ela passou a desenvolver um trabalho
missionário na cidade de Extremoz, trabalhando como religiosa. Simone lembra
que durame sua juventude, ainda na década de noventa, conviveu muito com
Dionice. Inclusive, atualmente, trabalha em uma escola que foi fundada sob a
liderança do trabalho social e coletivo da freira, a Escola Municipal Dona
Silvana
A história da Ir. Dionice (1964-2014) se confunde com a
própria história de Extremoz. Autora da única obra que conta, em profundidade,
a história da cidade, ela teve uma vida guiada pelo amor ao próximo e aos mais
pobres. Freira da ordem católica Filhas de Sant’Ana, fundada ainda no século
XIX, a
ordem desenvolve um importante trabalho de evangelização e ações
missionárias em favor dos mais pobres ao redor do mundo. Seu legado ainda pode
ser visto em meio às pessoas que tiveram o privilégio de conviver ao seu lado,
seja em Extremoz, no Rio Grande do Norte, seja em Pernambuco, na Bahia, ou nas
cidades de Luanda e Kamanongue, na Angola. Sua vida foi testemunho de fé e
marcada por ações sociais que /ajudaram a transformar a vida daqueles que foram
alcançados pela sua doçura, alegria e forma simples de viver.
Desde que conheci o livro “História de Estremoz”, escrito em
1997 e relançado em 2010, guardo certa curiosidade sobre a sua história.
Conhecer a pessoa por trás da escritora desde então tem sido um desígnio a ser
buscado. Em função das muitas demandas pessoas e profissionais, esse assunto
foi sendo adiado, até à feitura desse texto.
O livro da autora, lançado pelo Sebo Vermelho, é considerado
um sucesso editorial, tornando-se um sucesso literário já no dia do lançamento
na antiga Faculdade de Extremoz. Segundo Abimael Silva, editor do livro e irmão
da autora, o livro vendeu 180 exemplares apenas no dia do seu
lançamento. Um feito. Com a primeira tiragem esgotada há muitos
anos, a obra foi relançada quase 15 anos depois. Atualmente, essa edição se
encontra praticamente esgotada. É indiscutível a importância desse trabalho
para a cidade de Extremoz. Uma obra pioneira e, até então, única
dentro da historiografia da cidade. O trabalho da missionária
tem servido de referência e é considerado incontornável a quem pretende se
debruçar e conhecer nossa história com mais profundidade.
FONTE – LIVRO EXTREMOZ
EM PROSA – UM OLHAR (IM) PERTINETE, DE LEANDRO SOARES DA SILVA